sexta-feira, 9 de março de 2012

Rococó  

Rococó  


Definição

Principal estilo de época do século XVIII europeu, o rococó se desenvolve como uma sutilização à complexidade formal e aos excessos do barroco, apelando para a leveza, graça e para os coloridos suaves. O termo tem origem na palavra francesa rocaille [rocalha] - tipo comum de decoração de jardins do século XVIII, com conchas e rochas - que se populariza por analogia ao termo italiano barocco. Os alemães se antecipam ao empregar o termo em sua acepção moderna de estilo artístico referido à arquitetura e artes ornamentais na segunda metade do século XIX, libertando-o assim do sentido pejorativo que o acompanha, desde a origem até o século XIX. Mas será apenas em 1943, com a obra clássica do historiador Fiske Kimball sobre o assunto, The Creation of the Rococo, que se fixam as origens do estilo na França em meados do século XVIII. A partir de então, o rococó deixa de ser visto como uma variante do barroco, passando a ser considerado um estilo autônomo, irredutível ao barroco e ao clássico.

 O Balanço (1768), de Fragonard.

Os historiadores da arte distinguem dois momentos do rococó. Um que vai de 1690 a 1730, o "estilo regência", marcado pelo rompimento com a rigidez arquitetônica do estilo Luís XIV, com a introdução de curvas flexíveis e de linhas mais soltas. Datam desse momento, as decorações de Pierre Lepautre (1660 - 1744), as gravuras e relevos de Jean Bérain a pintura de Jean-Antoine Watteau (1684 - 1721), pintor mais importante do período que imortaliza "as festas galantes" (por exemplo, Peregrinação à Ilha de Cítera, apresentada à Academia em 1717), gênero maior da pintura rococó. Os anos compreendidos entre 1730 e 1770 marcariam o rococó propriamente dito com a projeção de uma nova leva de artistas - Juste Aurèle Meissonnier (1695 - 1750), Nicolas Pineau (1684 - 1754), Jacques de Lajoue II (1687 - 1761), - que trabalham na remodelação das residências urbanas da nobreza e alta burguesia parisiense (os chamados hôtels), dotando-as de maior funcionalidade e conforto. Nesse sentido é que o estilo se desenvolve ligado à ornamentação de interiores, preferencialmente articulado às artes decorativas e ornamentais, boa parte delas consideradas menores, como o mobiliário, a tapeçaria, a porcelana e a ourivesaria. Um exemplo característico do estilo na França pode ser encontrado no Salão Oval da Princesa do Hôtel Soubise de Paris (1738-1740). Na pintura, os nomes mais importantes dessa fase são François Boucher (1703 - 1770), Jean-Honoré Fragonard (1732 - 1806), Jean-Baptiste Pater (1695 - 1736) e Jean-Marc Nattier (1685 - 1766). Na escultura, Etienne Maurice Falconet (1716 - 1791) é considerado a expressão mais relevante do rococó, como atesta sua célebre Banhista, 1757, e a estátua eqüestre de Pedro, o Grande, em Leningrado, atual São Petersburgo.

Os traços mais salientes do estilo rococó relacionam-se ao uso das rocailles, que se combinam aos arabescos com linhas curvas em "c" ou "s". As composições realizadas com extrema liberdade e fantasia mesclam a sinuosidade das linhas com motivos tirados da natureza: pássaros e pequenos animais, plantas e flores delicadas, formações rochosas, águas em cascata ou brotando do solo. Na arquitetura, sobretudo nos interiores, predominam os traçados sinuosos, as cores claras, o uso da luz (pelas "janelas francesas" que descem ao chão) e dos espelhos. O luxo da decoração interna tem o seu contraponto na simplicidade das fachadas externas dos edifícios. Ao redor de 1760, assistimos à retomada das tendências e repertórios clássicos, nas pilastras, medalhões e troféus que tomam conta das decorações. Enraizado culturalmente no século XVIII, o rococó liga-se à sociabilidade elegante do período, às modas e maneiras cotidianas que têm nos salões literários e artísticos expressão significativa. A polidez e a performance social que os salões evidenciam vêm acompanhadas da importância do luxo e refinamento (do espírito e do corpo). As artes, nesse contexto, ligam-se diretamente ao prazer e ao divertimento o que leva os estudiosos a falarem em um fundo hedonista presente nas mais diversas manifestações do rococó.
A vivacidade e alegria da vida cotidiana, além da frivolidade elegante da sociabilidade cortesã francesa, rondam também a pintura rococó, como exemplificam as telas de Boucher e de Fragonard, seu aluno. Em Boucher, os temas mitológicos associam-se às cenas galantes, como na famosa Menina reclinada, 1751. As cores delicadas e o erotismo do mestre encontram ressonância no trabalho de Fragonard - O Balanço , 1766, que explora também as paisagens e a pintura histórica. Nattier, principal retratista do período, retoma, em clave um pouco distinta, a associação entre vida cortesã e temas mitológicos, por exemplo em Mme. De Lamberc como Minerva, 1737. Watteau, pioneiro no interesse pelas festas campestres e pelas cenas teatrais, imprime à pintura da época não apenas um repertório novo, como também um método particular, que consiste em justapor pequenas manchas de tinta sobre a tela, no que será seguido por Pater.
O estilo rococó se internacionaliza rapidamente pela Europa Central, mas também pela Espanha e Portugal, adaptando-se a contextos muito diversos. Chama a atenção nesse processo a sua penetração na arte religiosa, contrariando uma origem ligada à nobreza e à vida mundana. A arquitetura religiosa rococó, de fraco desenvolvimento na França, vai conhecer expressão maior seja na região da Baviera, seja na zona portuguesa do Minho e logo depois no Brasil. Nessas regiões, o estilo sofre as influências do barroco italiano e das tradições autóctones, adquirindo feições originais. No caso do Brasil, especificamente, observa-se a forte penetração do rococó na arquitetura religiosa desde meados do século XVIII no Rio de Janeiro, em diversas cidades mineiras (Ouro Preto, São João Del Rey, Congonhas do Campo etc.), em Pernambuco, Paraíba e Belém.



quinta-feira, 8 de março de 2012

O Barroco na Espanha e Paises Baixos


A Itália foi o centro irradiador do estilo barroco. Durante o século XVIII, ele expandiu-se por toda Europa e foi ganhando, nos diferents países, uma feição nacional, como é o caso da Espanha e dos Países Baixos.

A originalidade do barroco na espanha se encontra na arquitetura e, principalmente, na pintura. Na arquitetura nota-se as portadas decoradas em relevo tanto nos edificios civis quanto religiosos. Na pintura, o realismo e o domínio da técnica de pintura são as características mais marcantes.

Dentre os pintores mais representtivos do Barroco espanhol, destaca-se El Greco e Velázquez, cujas obrs revelam características bem particulares.
El Greco

El Greco (1541-1614_ nasceu na ilha de Creta (Dai o apelido). Seu nome verdadeiro era Domenikos Theotokopoulos e, após deixar a Grécia, passou pela itália e instalou-se em Toledo, na Espanha. O apelido traduz as influências que sofreu: 'El' ' do espanhol; 'Greco'' em italiano traduzindo assim sua real procedência.

A características principal de El Greco, além das características barrocas, é a verticalidade.


Velázquez

Veázquez (1599-1660) registrou em suas pinturas as pessoas da corte espanhola além de tipos populares de seu país, documentando dia-a-dia do ovo espanhol num dado momento da história.


Países Baixos
Rubens

A característica que diferencia o barroco flamengo é a utilização das cores quentes que contrabalançam a luminosidade da pele clara das figuras humanas. Um dos melhores exemplos disso é o pintor Rubens (1577-1640)


Hals (1581-1666)

O pintor Hals encontrou um equilibrio seguro para a iluminação. No início, contrastes violentos que posteriormente são suavizados por graduação de tons.


Rembrandt (1606-1669)

Rembrandt é com certeza uma das maiores expressões do estilo luminista. O que dirige nossa atenção nos quadros deste pintor não é propriamente o contrtes entre luz e sombra, mas a gradação da claridade, os meios-tns, a penumbras que envolvem áreas de luminosidade mais intensa.


Vermeer (1632-1675)

A contrario de Rembrandt, Vermeer trabalha os tons em plena claridde. Seus temas estão sempre baseados na vida burguesa e cotidiana da Holanda.
O BARROCO NA ITÁLIA

A arte barroca desenvolveu-se no século XVII, pois nele ocorreram mudanças que deram nova feição à Europa da Idade Moderna. a arte é vista como um meio de propagar o catolicismo e ampliar sua influência. dentre as obras que melhor expressam preocupação da Igreja de revigorar seus princípios doutrinários está O Juízo final, que Michelangelo pintou na capela Sistina entre os anos de 1536 e 1541.

Origens e características gerais

A Arte barroca originou-se na Itália, mas não tardou a irradiar-se por outros países da Europa e a chegar também ao continente americano, trazida pelos colonizadores portugueses e espanhóis. Alguns princípios gerais podem ser indicados como características dessa concepção artística: as obras barrocas romperam o equilíbrio entre o sentimento e a razão ou entre a arte e a ciência; predominam as emoções e não o racionalismo da arte renascentista.



A Pintura

A disposição dos elementos dos quadros, sempre forma uma composição diagonal, as cenas representadas envolvem-se em acentuado contraste de claro-escuro, o que significa a expressão de sentimentos. A pintura barroca é realista, mas a realidade que lhe serve de ponto de partida não é só a vida de reis e rainhas de cortes luxuosas, mas também a do povo simples.



Tintoretto
A produção artística de Tintoretto (1515-1549) foi muito grande. Pintou temas:religiosos "Reencontro do Corpo de São Marcos", mitológicos "Vênus e Vulcano" e retratos "Jacopo Soranzo". Os corpos das figuras são mais expressivos do que seus rostos e a luz e a cor têm grande intensidade.



Caravaggio

Caravaggio (1573-1610) não se interessou pela beleza clássica, ao contrário, procurava seus modelos entre os vendedores, os músicos ambulantes, os ciganos, enfim, entre as pessoas do povo. O que melhor caracteriza a pintura de caravaggio é o modo revolucionário como ele usa a luz. Fundador do estilo luminista, que pode ser observado em a Ceia em Emaús, Conversão de São Paulo e Deposição de Cristo.

Andrea Pozzo

A pintura barroca desenvolveu-se também nos tetos de igrejas e palácios. Essa pintura, de efeito decorativo, realizou audaciosas composições de perspectiva. Assim foi o trabalho de Andrea Pozzo (1642-1709) realizou para o " teto da igreja de Santo Inácio", em Roma. Essa obra impressiona pelo número de figuras e pela ilusão criada pela perspectiva.